Senta, respira e segura o coração, porque o que o Palmeiras fez não foi apenas futebol — foi épico, cinematográfico, coisa pra contar pra neto e virar lenda em mesa de bar.
Depois da desastrosa derrota por 3x0 para a LDU no jogo de ida, muita gente achou que já era. Alguns desconfiados guardaram a camisa, outros rezaram baixinho, e claro, teve a grande frase de efeito, dita pelo técnico Abel:
“Noventa minutos no Allianz Parque, é muito tempo.”
E quando a bola rolou na noite fria de Sampa, o improvável decidiu aparecer no Allianz, vestido de verde. O primeiro gol acendeu o fósforo. O segundo espalhou gasolina pelo estádio. O terceiro invadiu o Brasil inteiro. E o quarto… ah, o quarto gol incendiou a alma palmeirense e fez o país tremer. A virada estava completa.
A LDU virou lembrança, e o Allianz Parque virou templo.
Com isso, o Verdão alcançou sua sétima final de Libertadores, se tornando o clube brasileiro com mais decisões no torneio.
Não é só estatística; é história viva, escrita com suor, pressão e fé.
O Palmeiras não apenas venceu — ele provou, mais uma vez, que sua grandeza não cabe em placar, crítica ou dúvida.
Senta que lá vem a história… e ela é verde.
O Flamengo que se prepare!
A Anvisa proibiu o uso de substâncias usadas em unhas em gel após identificar que os compostos químicos podem oferecer riscos de câncer e infertilidade.
A decisão foi publicada nesta quarta-feira (29) e afeta diretamente produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes que contenham os ingredientes TPO e DMPT, comumente presentes em esmaltes e unhas artificiais que dependem de luz ultravioleta (UV) ou LED para fixação.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o TPO (óxido de difenil fosfina) é considerado tóxico para a reprodução e pode causar infertilidade, enquanto o DMPT (dimetiltolilamina) é classificado como potencialmente cancerígeno para humanos.
A decisão segue a mesma linha da União Europeia, que também já havia banido o uso dessas substâncias em cosméticos e produtos de beleza.
TODA VERDADE
— Você não sabe o que eu descobri! — disse Pedrinho empolgado — Todos os adultos têm um segredo e nós podemos nos aproveitar disso.
— Como assim? — perguntou Joãozinho.
— É só a gente chegar pra algum adulto e dizer: "Eu sei de toda a verdade". Pronto! Eles dão dinheiro pra gente, doces, qualquer coisa.
Joãozinho ficou muito empolgado com a idéia e foi pra casa. Encontrando a mãe, colocou o plano em prática:
— Mãe, eu sei de toda a verdade!
A mãe ficou atordoada, deu cinco reais ao garoto e disse:
— Pelo amor de Deus, não diz nada pro seu pai!
Joãozinho não via a hora do seu pai chegar do trabalho. Quando ele apareceu na porta, Joãozinho já foi dizendo:
— Eu sei de toda a verdade!
— Toma aqui dez reais, filho! Mas não conta nada pra sua mãe, tá?
Radiante com a possibilidade de ficar rico com essa tática, Joãozinho foi pra rua fazer fortuna. A primeira pessoa que ele viu foi o carteiro. E já foi logo dizendo:
— Eu sei de toda a verdade!
O carteiro deixou a bolsa cheia de cartas cair no chão, se ajoelhou e disse:
O ADEUS DO BONNER
William Bonner deixou, nesta sexta-feira (31), o comando do principal telejornal do país, o “Jornal Nacional” da Globo.
Após 29 anos no cargo, sendo 26 deles como editor-chefe, o jornalista passou o bastão para César Tralli, que vai dividir a função com Renata Vasconcellos.
Ao final, toda a redação aplaudiu de pé, e os três jornalistas se emocionaram ao encontrar os familiares presentes.
Veja o vídeo.
“ELES NÃO USAM BLACK TIE ”
UM FILME BRASILEIRO PRA VER E REVER MUITAS VEZES
Dirigido por Leon Hirszman e baseado na peça de Gianfrancesco Guarnieri, “Eles Não Usam Black Tie”, é um retrato pungente do Brasil que parece ter sido filmado ontem, ainda que seja de 1981.
É aquele filme que te faz sentir o cheiro do asfalto quente e ouvir o murmúrio tenso das cozinhas pequenas, onde o café sempre esfria antes que a vida dê trégua.
A história acompanha Tião, jovem operário dividido entre o amor e a promessa de uma vida estável, e seu pai Otávio, líder sindical que acredita na luta coletiva acima de qualquer sonho individual.
Quando a greve surge como linha tênue entre esperança e desespero, o conflito familiar explode: o desejo de ascender bate de frente com a consciência política.
Hirszman entrega uma obra social, humana e profundamente brasileira, onde o drama não vem de tiros ou reviravoltas hollywoodianas, mas das escolhas simples que mudam destinos.
É cinema que não fala alto — mas incomoda fundo. Fala do país onde a sobrevivência briga com o ideal todo santo dia. No fim, “Eles Não Usam Black Tie” lembra que nem sempre o herói veste terno; às vezes ele usa macacão, mãos calejadas e dúvidas pesando mais que o salário. E isso é tão atual quanto doloroso.
Num filme, um personagem, dia após dia, desperta na mesma data, tendo consciência disso.
Trata-se de viver no inferno.
A Humanidade nunca foi muito inteligente, mas há momentos, porém, em que a ignorância ultrapassa todos os limites, como ocorre no Brasil dos últimos seis anos, num apagão da inteligência e da decência. Com o mau uso da Internet, essa gangrena social se alastra e se orgulha da própria ignorância... Sua semente, seu oxigênio: o ressentimento, que é sentir o mesmo ódio - dia após dia - por ser tão irrelevante. Não apenas vivem no inferno; querem o inferno para todos...
Publicado na edição 633 -10/04/2022
Página do autor:
ÉDIPO CONTEMPORÂNEO
Imagine um Édipo versão 2025: barba estilizada, camiseta “Freud me entende” e terapia online toda terça às 19h.
Em vez de caminhar pelas estradas da Grécia antiga, ele pega seu Fox 2009, para ir pra São José dos Campos e se perde no Google Maps — o GPS manda seguir em frente e ele, desconfiado do destino, faz o contorno à direita só pra provar que é dono do próprio caminho...
e acaba no centro de Paraibuna.Caminhando a esmo na Rodovia Tamois, no lugar da esfinge, ele se depara com uma influencer motivacional, sentada num banco rosa neon ao lado de uma represa, que lhe pergunta:
“Qual é o segredo para vencer na vida?”. Ele responde:
“Bloquear o ex e pagar o boleto do cartão de crédito”.
A esfinge-influencer, confusa, desiste e vai gravar um Reels sobre propósito da Virginia Fonseca.
Nos bares, o Édipo moderno tenta fugir de problemas existenciais, mas toda conversa vira análise:
“Será que quero controlar minha vida porque nunca controlei
meu Wi-Fi na infância?”.
Enquanto isso, sua mãe — uma advogada coach — vive mandando mensagem:
“Filho, você já comeu? Lembre-se: você é protagonista da sua história. Se empodera!”.
Ele bloqueia, desbloqueia, bloqueia de novo. Complexo de Édipo? Imagina. Só ansiedade, inflação e uma leve suspeita de que Freud estaria rindo disso tudo num café hipster em Berlim.
E assim segue o herói: tropeçando no destino, mas sempre com estilo e a ‘‘Interpretação dos Sonhos’’ ao seu alcance.
NIvAldo Gonçalves
